quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

The Complete Billie Holiday on Verve - Continuação - Volumes III, IV, V e VI

Billie com seu grande amigo e companheiro musical, o saxofonista Lester Young
Billie e o não menos mitológico Louis Armstrong no filme “New Orleans”, dirigido por Arthur Lubin em 1947
Billie canta "Fine and Mellow" no inesquecível programa "The sound of Jazz" da CBS, de dezembro de 1957, acompanhada por grandes nomes da história do jazz (Doc Cheatham, Vic Dickenson, Lester Young, Ben Webster, Coleman Hawkins, Mal Waldron, Danny Barker, Jim Atlas, Jo Jones)















































Devido ao grande numero de downloads da primeira postagem com a genial e queridíssima Billie Holiday, posto aqui mais 4 CD's do box The Complete Billie Holiday on Verve. Fico devendo os 4 volumes restantes pro ano que vem. Até lá!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Coleção Partituras de Jazzy Singers

Olá!
Desejo a todos um felicíssimo 2010!!!
Posto aqui um presente para músicos e cantores que acompanhem o Jazzy Singers. Uma coleção com 16 livros de partitura de standards de Jazz em PDF: tem Cole Porter, Duke Ellington, George Gershwin, Irving Berlin, sucessos de Ella Fitzgerald, Frank Sinatra, Nat "King" Cole, Michael Bublé, além de livros de standars variados, contendo um deles mais de 1000 canções! Fartíssimo material para estudar, trabalhar e se divertir.


Cole Porter
George Gershwin

sábado, 26 de dezembro de 2009

Ella Fitzgerald Sings the Duke Ellington Songbook - 1957

Ella Jane Fitzgerald nasceu em Newport, em 25 de abril de 1917. Pense bem: o que é que se podia esperar do futuro de uma menina negra, órfã, pobre, feia, tímida, insegura, sem teto, com pouco estudo, fugida de um reformatório para menores, largada na primeira metade do século 20 sozinha em Nova York, cantando e dançando nas ruas em troca de gorjetas? Pois seu genial talento transpôs todas as barreiras e com apenas 21 anos ela já era considerada a primeira dama do jazz.
Sua voz era pura, feminina, enérgica e contagiante, com notável domínio de toda sua extensão de aproximadamente 3 oitavas. Rítmicamente, nunca foi menos que brilhante. Sua afinação irrepreensível e a assombrosa capacidade de improvisação, cantando as letras ou em scat, mudou os parâmetros do canto de jazz para sempre. Ella esbanjava alegria e senso de humor nas suas interpretações, mas também podia ser doce, melancólica ou sensual.
Ella começou cantando na era do swing em orquestras como a de Chick Web. Nos anos 40, mergulhou nas inovações do bebop, onde encontrou terreno fértil para sua musicalidade naturalmente sofisticada. Mas na década de 50, com a queda de interesse pelo bebop, temia pelo rumo de sua carreira
Foi então, em 1956, que o produtor Norman Granz da Verve a convidou para um novo e ambicioso projeto: um songbook (disco dedicado inteiramente à obra de um compositor) de Cole Porter, com arranjos de Nelson Riddle. A empreitada deu muito certo e juntos produziram songbooks de todos os maiores compositores da música popular americana do século 20, com grande êxito de público e crítica.
Essas gravações são ao mesmo tempo um produto pop de alto nível e um vasto material de estudo, que levou um inestimável patrimônio cultural norte americano para bem além da fronteira dos aficcionados por jazz e musicais.
O primeiro a ser apresentado no Jazzy Singers é o de Duke Ellington. Foi o único a ter o próprio autor homenageado tocando junto com ela. O grande Duke compôs ainda com Billy Strayhorn mais dois temas especiais para o album triplo: “The E and D Blues” e a instrumental “Portrait of Fitzgerald”.
Edward Kennedy "Duke" Ellington nasceu em Washington em 29 de abril de 1899. Foi um dos mais importantes e influentes compositores da história da música popular americana e mundial, além de “band leader” e pianista.
Ella canta, com Duke na platéia.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Coleção Chet Baker Canta, do Jazzy Singers

Esta é uma postagem diferente - não se trata de um disco de carreira, mas de uma coletânea feita especialmente para o Jazzy Singers, com todos os registros vocais que encontrei na vasta discografia de Chet Baker. São mais de 100 gravações (reunidas em 4 pastas por ordem alfabética dos nomes das canções, algumas com mais de uma versão), que nos permitem ter uma visão muito ampla de seu canto, atividade bissexta do músico (ele tem mais de 3.000 gravações tocando trompete e flugelhorn), mas que abriu novos caminhos para o canto jazzístico. Chet Baker nasceu em Yale, Oklahoma em 23 de dezembro de 1929 e ainda muito jovem tornou-se um dos maiores expoentes do cool jazz, estilo mais calmo que o bebop, rítmica e melodicamente mais econômico.

Sua bela figura juvenil e atitude cool atrairam novos públicos para ouvir jazz quando, em 1954, ele se lançou como cantor, tendo chegado a fazer cinema em Hollywood, e foi eternizado pelas lentes do fotógrafo Willian Claxton, que disse ter entendido o sentido do termo “fotogênico” exatamente ao tê-lo diante de sua câmera.
Filho de um guitarrista, começou cantando no coral da igreja, o que não influenciou seu estilo. Seu canto era suave, quase sem vibrato, calmo, introspectivo e de certa forma despretensioso. Sua voz sussurrada e de pequena extensão transmitia fragilidade, intimismo e sensualidade. Sua interpretação sinuosa era sempre cheia de sentimento, sutileza e precisão. Seu jeito de cantar influenciou muitos cantores, inclusive brasileiros como Caetano Veloso, Gal Costa, Carlos Lyra e João Gilberto..

Afinadíssimo, deu preferência a um repertório essêncialmente romântico e melancólico, que aliado à doçura de sua voz macia, aveludada, “de travesseiro”, hipnotiza ouvintes de todo o mundo há muitas décadas


Fica aqui um desafio: quem conhecer mais alguma gravação para enriquecer a nossa coleção, mande para o email vinildo2009@gmail.com e será incorporada à postagem, com direito a crédito do colaborador (se este o desejar!  :P ).

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Carmen McRae Sings Lover Man and other Billie Holiday Classics - 1961


Billie Holiday volta ao Jazzy Singers, desta vez num disco em tributo a ela, gravado em 1961 por ninguém menos que Carmen McRae. Homenagem justa, tanto à extraordinária cantora que foi Billie Holiday, como à amizade que as duas mantiveram. Quando a jovem Carmen começou a cantar, tinha como referência o canto de Lady Day e dizia (com exagero e humor) que a imitava descaradamente até encontrar voz e estilo próprios. Carmen dedicou outro disco, desta vez duplo, a Billie em 1983 (“For Lady Day”).
Carmen teve formação musical sólida, era compositora e pianista. Nasceu em Nova York no dia oito de abril de 1920, de uma familia de origem jamaicana.



Começou cantando nas orquestras de Benny Carter e Count Basie, além do Minton Playhouse no Harlen, onde cantou, foi secretária e teve contato com as idéias de músicos (como Dizzy Gillespie) que fizeram desse clube o berço do Bebop - vertente surgida nos anos 40 que com suas divisões, harmonias e improvisos ousados e altamente técnicos, modernizou e transformou o Jazz para sempre.

Uma “senhora” intérprete: com balanço, dicção, timbre, apuro técnico e inteligência raros. Tem extensa discografia, sempre com faro certeiro para repertório e arranjos. Mesmo quando cantava os mais famosos standards, imprimia muita personalidade com sua voz vibrante e habilidade para scats. Tinha ainda uma linda presença no palco, em que ficavam claras sua paixão pela música e a capacidade de dar vida às letras que cantava, com vasta gama de emoções e intenções.

Este disco a traz em grandes momentos. Seja no suingue de “Miss Brown to You”, seja no lirismo chocante ao retratar o drama do preconceito racial no sul dos EUA de “Strange Fruit” (ou “frutas estranhas” em português, que se refere aos corpos de negros linchados e dependurados em árvores. A interpretação de Carmen está à altura da de Billie Holiday, acreditem!), em todas as faixas ela brilha e transborda sensibilidade. Repertório perfeito com destaque ainda para “Lover man”, “Yesterdays” e “Dream of Life”, composição da própria Carmen aos 16 anos de idade, gravada por Billie em 1939.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

john coltrane & johnny hartman - 1963

John Maurice Hartman nasceu em três de julho de 1923 em Chicago. Tinha estilo e timbre próximos do de Billy Eckstine, tendo marcado sua carreira como grande intérprete de baladas e standards.
Em 1963 o influente saxofonista John Coltrane o convidou para gravar este disco que com apenas seis faixas se tornou um clássico. Nele a belíssima canção "Lush Life" de Billy Strayhorn teve uma de suas mais impressionantes e expressivas versões.

John William Coltrane  nasceu na Carolina do Norte, 23 de setembro de 1926 foi um saxofonista (sax tenor) e compositor. Sua influência no mundo da música ultrapassa os limites do jazz, indo desde o rock até a música erudita.