jAzZy SiNGeRs: março 2010

quarta-feira, 31 de março de 2010

PAUSA

Um Blog "humildezinho", com um assunto sem grande interesse popular como o Jazzy Singers, já tem recebido proibição de algumas postagens e veto de downloads. Desanima bastante...
Paro para pensar no destino do Blog.
Abraços a todos,
Vinildo

domingo, 21 de março de 2010

The Complete Dinah Washington on Mercury - volumes 1, 2, 3 e 4

Ei-la! Dinah Washington (Tuscaloosa, Alabama, 29 de agosto de 1924) foi uma das vozes mais marcantes do jazz em todos os tempos. Como via de regra, teve infância pobre, tocava piano e cantava na igreja. Inflenciada pelo canto de Bessie Smith, aos 15 anos já fugia pela janela do quarto para cantar em bares e casas noturnas. Em 1943 foi contratada pela orquestra de Lionel Hampton, onde começou uma carreira de grande e contínuo sucesso. Dinah era uma força da natureza, uma mulher vibrante, divertida e carismática. Levou uma vida breve (não completou 40 anos de idade) e marcada pelos excessos: muitos amores (e sete maridos!), muita gastança (toneladas de jóias e peles), muita bebida, muitos remédios, descomunal talento. Ficou conhecida nos anos 40 como a rainha das juckeboxes e rainha do blues, daí a alcuha de "The Queen". Carapuça que ela vestiu tranquilamente!!

Dinah Washington, mulher negra que alcançou enorme sucesso e fortuna na primeira metade do seculo 20 nos EUA, ou seja, um milagre. Com a mesma gana com que encarava a vida, Dinah cantava com tamanho vigor, com tanta sede e destemor, como se soubesse que tinha pouco tempo para isso. Um timbre muito peculiar: forte, agudo, generoso e feliz, "a voz de um pessoa vitoriosa" (como diz a canção de Caetano Veloso e Wally Salomão), que ocupa e absorve nossa audição. Perfeita em dicção, ataque, afinação, emissão e pronta para cantar o que quisesse. Além da capacidade e qualidade vocal, era uma genial intérprete, um grande musico da voz, com um fraseado imbatível.

A caprichada coleção "The Complete Dinah Washington on Mercury" traz em 7 volumes todas as gravações da diva pela Mercury em um total de 21 CD's. Em breve os 3 volumes que ficaram faltando.

DOWNLOAD AQUI THE COMPLETE DINAH WASHINGTON ON MERCURY:

VOL 1

CD1 CD2 CD3

VOL 2

CD1 CD2 CD3

VOL 3
CD1 CD2 CD3
VOL 4
CD1 CD2 CD3

sábado, 13 de março de 2010

Sammy Davis Jr.

Sammy Davis, Jr. (Harlem, Nova Iorque, 8 de Dezembro de 1925) cantava, dançava, atuava, tocava vários instrumentos, apresentava programas de TV, fotografava. Tudo com muito charme e talento.

Aos 3 anos aprendeu a sapatear com o pai e fazia parte do grupo musical da familia, no Harlem. Aos 7 já estava no cinema. Em 1954, após lançar seu primeiro álbum, "Starring Sammy Davis Jr.", fica meses afastado devido a um acidente automobilístico gravíssimo, que lhe custou a perda do olho esquerdo.

Nos anos 60 pertenceu, ao lado de grandes nomes como Frank Sinatra, Shirley MacLaine e Dean Martin, ao famoso Rat Pack, grupo de artistas que atuava em shows nos cassinos de Las Vegas e em filmes, como “Onze Homens e um Destino”, de 1960.

Enfrentou muito preconceito racial durante a carreira, sendo inclusive impedido de se hospedar e fazer refeições nos hoteis em que cantava. Com o tempo e o sucesso estrondoso, ele passou a recusar ofertas desses estabelecimentos. Geraram polêmica sua conversão ao judaísmo, o romance com Kim Novak e o casamento com uma atriz sueca.

STARRING SAMMY DAVIS JR. - 1954
JUST FOR LOVERS - 1955
BOY MEETS GIRL (COM CARMEN MCRAE) - 1957
IT'S ALL OVER BUT THE SWINGN' - 1957
SAMMY SWINGS - 1957
I GOTTA RIGHT TO SWING - 1960
THE WHAM OF SAM - 1961
SAMMY DAVIS JR. BELTS THE BEST OF BROADWAY - 1962
OUR SHINING HOUR (COM COUNT BASIE) - 1965
SAMMY'S BACK ON BROADWAY - 1965
THE NAT KING COLE SONGBOOK - 1965
SAMMY SINGS, LAURINDO PLAYS (COM LAURINDO ALMEIDA) - 1966
I'VE GOTTA BE ME - 1968
SOMETHING FOR EVERYONE - 1970

sábado, 6 de março de 2010

HOMENAGEM A JOHNNY ALF

No último dia 4 de março perdemos o compositor, pianista e cantor Johnny Alf (Rio de Janeiro, 19 de maio de 1929), um dos maiores representantes de canto de jazz no Brasil.

De origem humilde e dedicadíssimo, começou a estudar piano clássico aos 9 anos. Logo se interessou pela música americana, da qual recebeu decisiva influência do canto de Sarah Vaughan (a quem idolatrava) e desenvolveu seu elegante fraseado e suingue a partir da escuta dos pianos de Nat King Cole e George Shearing.

Compositor brilhante, assimilou o jazz (os grandes compositores de musicais americanos como Gershwin e Porter), a música clássica (Chopin, Debussy e Tchaikovsky), o samba canção mais elaborado dos anos 40 e 50 (Ary Barroso, Custódio Mesquita e Peter Pan) e sintetizou em sua música muito particular, que influenciou o surgimento da Bossa Nova com temas como “Rapaz de Bem”, “Ilusão à Toa” e “Céu e Mar”. Trouxe para a música brasileira leveza nas letras e sofisticação em harmonias arrojadas para a época. Johnny recebeu convite da própria Sarah Vaughan, impressionada com seu talento e técnica, para viajar com ela pelos EUA mas recusou por timidez.

Trago 5 discos dessa lenda da música brasileira, agrupados em dois arquivos:

“Rapaz de Bem” de 1961, “Nós” de 1974, “Olhos Negros” (com vários convidados) de 1990, “Mais um Som” de 2002, além de seu disco todo cantado em inglês nunca lançado comercialmente, gravado em 1963.

DOWNLOAD AQUI JOHNNY ALF 1

DOWNLOAD AQUI JOHNNT ALF 2

terça-feira, 2 de março de 2010

11 Discos de Nina Simone

Nina Simone (21 de Fevereiro de 1933, Tryon - Carolina do Norte), cantora, compositora, pianista, arranjadora e ativista política. De família metodista e pobre, lutou contra o preconceito racial para ingressar na renomada Juilliard School of Music em Nova York.

Para sustentar os estudos, tocava piano acompanhando cantores em night clubs, até ser “forçada” a cantar para segurar um emprego. Em 1957 gravou seu primeiro álbum “Little Girl Blue” e a faixa “I Loves You Porgy” foi parar nas paradas da Billboard. Ela havia vendido os direitos da gravação por apenas 3 dólares e o disco rendeu mais de 1 milhão. Desde o primeiro trabalho trouxe como tema o negro e se envolveu profundamente na luta contra o racismo e pelos direitos civis do negro.

Não gostava muito de ser classificada como uma cantora de jazz e trazia para seus trabalhos inúmeras influências, como blues, soul, folk, R&B, gospel, pop, música clássica (estudou para ser concertista clássica), música africana...

Timbre vocal especial, com registro muito grave, quase masculino, e muita personalidade. Um vozeirão que não conhecia qualquer tipo de repressão. Expressiva, emocionada, concentrada, visceral, excêntrica; pura energia. De explosiva presença cênica, Nina usava como poucos o silêncio como elemento musical de grande impacto.

Sofria de transtorno bipolar, diagnóstico que manteve em segredo pela vida toda. Cansada da relação com as gravadoras americanas, do forte racismo e com problemas fiscais, em 1970 ela deixou os EUA. Viveu em Barbados, Libéria e Suiça, até estabelecer-se definitivamente na França.